sábado, 28 de maio de 2011

Ainda é cedo



Uma menina me ensinou
Quase tudo que eu sei
Era quase escravidão
Mas ela me tratava como um rei
Ela fazia muitos planos
Eu só queria estar ali
Sempre ao lado dela
Eu não tinha aonde ir
Mas, egoísta que eu sou,
Me esqueci de ajudar
A ela como ela me ajudou
E não quis me separar
Ela também estava perdida
E por isso se agarrava a mim também
E eu me agarrava a ela
Porque eu não tinha mais ninguém
E eu dizia: - Ainda é cedo
cedo, cedo, cedo, cedo.

Sei que ela terminou
O que eu não comecei
E o que ela descobriu
Eu aprendi também, eu sei
Ela falou: - Você tem medo.
Aí eu disse: - Quem tem medo é você.
Falamos o que não devia
Nunca ser dito por ninguém
Ela me disse: - Eu não sei mais o que eu
sinto por você.
Vamos dar um tempo, um dia a gente se vê.

E eu dizia: - Ainda é cedo
cedo, cedo, cedo, cedo.

terça-feira, 24 de maio de 2011

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O que você vê?



Se alguns enxergam uma jovem e outros uma senhora porque nas nossas situações cotidianas não pode ser exatamente assim? Cada pessoa faz uma leitura da vida, das situações.

( Conclusões de uma aula de psicologia)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Mudanças radicais imutáveis





Olin-Pin, abastado negociante de óleos e arroz, vivia numa imponente mansão em Kin-Tipê. A sua posição social e a sua mansão só não eram perfeitas porque, à direita e à esquerda da propriedade, havia, há algum tempo, dois ferreiros que ferreiravam ininterruptamente, tinindo e retinindo malhos, bigornas e ferraduras. Olin-Pin, muitas vezes sem dormir, dado o tim-pin-tin, pan-tan-pan a noite inteira, resolveu chamar os dois ferreiros, e ofereceu a eles 1000 iens de compensação, para que ambos se mudassem com suas ferrarias. Os dois ferreiros acharam tentadora a proposta (um ien, na época, valia mil euros) e prometeram pensar no assunto com todo empenho.
E pensaram. E com tanto empenho que, apenas dois dias depois, prevenidamente acompanhados de oito advogados, compareceram juntos diante de Olin-Pin. E assinaram contrato, cada um prometendo se mudar para outro lugar dentro de 24 horas. Olin-Pin pagou imediatamente os 1000 iens (que a essa altura já eram 10.000) prometidos a cada um e foi dormir feliz, envolvido em lençóis de seda e adorável silêncio. Mas no dia seguinte acordou sobressaltado, os ouvidos estourando com o mesmo barulho de sempre. E, quando ia reclamar violenta e legalmente contra a quebra de contrato, verificou que não tinha o que reclamar. Os dois ferreiros tinham cumprido fielmente o que haviam prometido. Ambos tinham se mudado. O ferreiro da direita tinha se mudado pra esquerda e o da esquerda tinha se mudado pra direita.

MORAL: CUIDADO QUANDO A ESQUERDA E A DIREITA ESTÃO DE ACORDO.

mais textos do Millôr Fernandes? Clica aí: http://www2.uol.com.br/millor/

sábado, 14 de maio de 2011


“O tempo passa. Mesmo quando parece impossível. Mesmo quando cada batida dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim.”

domingo, 8 de maio de 2011

Ser filha...



Ser filha é depender da mãe para quase tudo.

Ser filha é fazer inúmeras perguntas sobre a vida, e reclamar da vida também.
Ser filha é fazer carinho quando a vê triste.
Ser filha é dar broncas na sua mãe quando ela precisa de um chacoalhão.
Ser filha é avisar onde está.
Ser filha é contar com o apoio dela nos momentos difíceis.
Ser filha é dizer “eu te amo” em todos os e-mails e torpedos enviados.
Ser filha é, as vezes, mentir para não desagradá-la.
Ser filha é ter que brigar com o namorado para ficar mais tempo com ela.
Ser filha é pedir permissão para sair da vida dela para viver a sua.
Ser filha é sentir saudades quando um filme bonito está passando.
Ser filha é ouvir a música que ela mais ama e ligar para avisar.
Ser filha é ouvir reclamação da sua avó, do seu pai, do seu irmão.
Ser filha é ficar com medo de perdê-la.
Ser filha é se espelhar nela.
Ser filha é acreditar SIM que aquela é a melhor mãe do mundo.
Ser filha é dizer OBRIGADA POR TUDO ao invés de feliz dia das mães, porque
Ser SUA filha é saber que sempre poderei contar contigo!

TE AMO MÃE
FELIZ DIA DAS MÃES

quinta-feira, 5 de maio de 2011

In memorian a Mario Quintana

A data de hoje marca a morte de Mário Quintana, nascido no Alegrete em 30 de julho de 1906, e falecido em Porto Alegre em 5 de maio de 1994. Ele foi um importante poeta, tradutor e jornalista brasileiro. Como ele mesmo escreveu: "Os poetas não são azuis nem nada, como pensam alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques súbitos de levitação. O de que eles mais gostam é estar em silêncio - um silêncio que subjaz a quaisquer escapes motorísticos e declamatórios. Um silêncio... Este impoluível silêncio rm que escrevo e em que tu me lês."
Nada melhor para homenagea-lo que um texto do autor:

A FELICIDADE SIMPLES




A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar É importante pensar-se ao extremo, buscar lá d entro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

domingo, 1 de maio de 2011

Eu desejo...

Eu te desejo não parar tão cedo
pois toda idade tem prazer e medo

E com os que erram feios o bastante
que você consiga ser tolerante

Quando você ficar triste que seja por um dia
e não o ano inteiro

Que você descubra que rir é bom
mas rir de tudo é desespero

Desejo que você tenha a quem amar
e quando estiver bem cansado
ainda exista amor pra recomeçar
pra recomeçar

Eu te desejo muitos amigos
mas que em um você possa confiar

E que tenha até inimigos pra você não deixar de duvidar

Quando você ficar triste que seja por um dia e não o ano inteiro

Que você descubra que rir é bom
mas rir de tudo é desespero

Desejo que você tenha a quem amar
e quando estiver bem cansado
ainda exista amor pra recomeçar
pra recomeçar

Eu desejo que você ganhe dinheiro pois é preciso viver também
E que você diga a ele pelo menos uma vez quem é mesmo o dono de quem